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segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Bandeiras

"Assim, o povo de Israel fez tudo como o Senhor havia ordenado a Moisés. Eles acamparam, cada grupo debaixo da sua própria bandeira, e cada israelita começou a marchar com o seu grupo de famílias." Números 2:34

Note que a nação hebraica não era tudo um caldeirão só.   Era um só povo sim, mas havia organização.  Para fins de organização, identificação, localização e atribuições eles eram "separados" em grupos:  por tribo,  família ,  atribuições,  faixa etária...  Note: não há nada de errado nisso.

A realidade é assim. Todos temos o mesmo valor. Isso não significa dizer que somos todos iguais. Valor é uma coisa, semelhança é outra.  Havia momentos em que era necessário saber quantos rapazes aptos para a guerra havia. Em outros momentos era necessário saber quantos trabalhavam com madeira ou com ferro (isso geralmente eram profissões tradicionais de cada família), quem tecia, onde estavam os músicos ou os pastores; quantos sacerdotes havia, quantas crianças, quantas mulheres.  Era necessário saber o tamanho de cada tribo para dividir a terra conquistada. Era necessário saber  quem era quem.

Devemos ser práticos, inteligentes. Se para organizar nossa caminhada e andarmos juntos fica mais fácil  dividir "cada um debaixo da sua bandeira"", que assim seja. Qual o problema?
   
No corpo de Cristo nem todos são pernas, nem todos são braços. Mas por sermos todos do mesmo corpo nem por isso os membros estão todos misturados: cada um tem o seu lugar perfeitamente identificável.  

Nossa bandeira é  Cristo.  As outras ditas "bandeiras" são meros instrumentos de identificação e organização. Nem todos temos os mesmos dons nem os mesmos gostos nem caminhamos no mesmo ritmo.  Cada "tribo" se junta e se identifica por questão de nascimento,  costumes, preferências,  laços afetivos...  Não vejo utilidade prática alguma  em negar ou lutar contra isso.

Mas e se todos fôssemos idênticos?  Tudo não seria mais simples? Ou mais harmônico?  Não sei responder. Só sei que mais interessante não seria, definitivamente. A diversidade é o que nos colore.

Tudo deveria ser diferente? Não é tão útil imaginar como deveria ser. Se quisermos avançar precisamos saber COMO AS COISAS SÃO.   Ninguém vive de suposições ou fantasias.

Vamos fazer o melhor com a realidade que temos hoje.   Hoje somos um só rebanho, um só pastor, mas viajamos cada qual conforme o costume do seus país, conforme sua idade e suas simpatias fraternas.  Cada qual debaixo da sua bandeira, mas juntos e na mesma direção.  Por que não?