Pesquisar neste blog

.

.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Peniel - Gênesis 32:31

"Nasceu-lhe o sol, quando ele atravessava Peniel; e manquejava de uma coxa."



Não bastava Jacó ser um homem tranquilo, pacato, "do lar".  Deus ainda precisou torná-lo mais frágil ainda fazendo-o mancar de uma perna.  Algumas experiências não podem ser vividas sem que algo drástico nos quebrante. A preparação para "algo mais de Deus" pode se penosa. Nosso estado humano, material, não está preparado para ver, ouvir e sentir certas coisas. Não estamos prontos para  dizer sempre SIM, seguir adiante apesar do medo, sofrer oposição, pedir perdão, aceitar perder tudo, ver e ouvir "Apocalipses".   Deus não é sádico. É que há no caminho a nossa humanidade caída incapaz de certas percepções. Somos terrestres e só uma grande sacudida para nos acordar para as coisas do céu.

O maior desafio é a tentação de dependermos de nós mesmos. Isso é paralisante. Se nos sentimos capazes nos deixamos levar pela nossa carne, nossa força, nossa opinião e paramos de nos sentir dependentes de Deus. Mas se, ao contrário, nos sentimos incompetentes, simplesmente não saímos do lugar. Não é assim?  Para que em  todos os desafios Jacó dependesse do Deus Eterno e não de si mesmo foi necessário que ele fosse FORTALECIDO por uma experiência sobrenatural mas logo em seguida QUEBRANTADO. Passou a mancar. Doeu. A dor nos ajuda a lembrar dos momentos decisivos da nossa vida.

Na sua fraqueza ele foi forte. Ele prevaleceu mesmo ferido.   Na sua fraqueza ele conquistou o que o seu irmão Esaú não conseguiu mesmo com todo ímpeto e vigor físico.

Nós somos filhos de Jacó. Nem sempre temos o vigor ou o ímpeto de "Esaú, o vermelho". Mas Deus já determinou as nossas conquistas e assim será. Nada impedirá que a palavra do Senhor se cumpra em nossas vidas.  Tudo bem, será através de percalços,  várias idas e vindas aparentes. Será uma construção ao longo de anos, mas acontecerá. E isso às vezes inclui eventos complexos que nos fazem andar mancando. Pois que seja. Que eu traga no corpo as marcas de Jesus.

sábado, 15 de janeiro de 2022

Simeão - Lucas 2:21-35

Esse texto fala sobre a apresentação de Jesus no templo em cumprimento a lei mosaica. 

De maneira bem sucinta tenho a comentar que a fé de Simeão é exatamente o tipo de fé requerida em nossos dias. É uma fé que também é semelhante a de Moisés, que ao subir no cume do Pisga "avistou toda a terra de Canaã". Mas como? Era possível ver tanto daquele ponto de observação? Sim, se for por fé.     É o tipo de fé também semelhante a de Elias, que depois de uma grande seca, ao avistar no céu "uma pequena nuvem do tamanho de uma mão"  mandou seu servo ir correndo dizer a Acabe que ele deveria se apressar porque iria cair  abundante chuva.  

O que Simeão viu de tão significativo nessa passagem bíblica?  Um bebê. Um bebezinho chegar ao templo nos braços de seus pais. Nada incomum.  Jesus era exatamente como dezenas de outras crianças que chegavam ao templo para serem apresentadas ao Senhor. Mas Simeão quando viu Jesus disse que já poderia morrer em paz pois seus olhos já tinham visto o cumprimento de profecias centenárias. Ele já estava vendo o que não havia possibilidade de ver  a não ser pela revelação do Espírito Santo. Só pela fé. Todos ali viram Jesus mas só ele viu  a "salvação, luz para revelação aos gentios e para a glória de Israel, teu povo".

Como era possível ele ver tanto a partir de tão pouco? Bem, não é essa  pergunta que devemos nos fazer. A pergunta hoje é:  "será que também posso ver muito a partir do pouco que meus olhos alcançam? Posso ir além dos meus sentidos?"

Bem, nos dias em que vivemos nossa situação não é tão diferente da de Simeão. Ele vivia o final de um período de 400 anos sem profecias! Era a aridez total.  Como ele se manteve fiel e cheio de esperança? E como, por fim, viu além do obvio? 

Primeiramente: ele vivia em oração. E tanto amava a Deus e tanto orava que o Senhor o agraciou com uma linda promessa: ele não morreria antes de ver o Cristo de Deus.  E quando finalmente a promessa se cumpriu ele simplesmente soube e exultou.   Ele não enxergou apenas o Cristo. Ele viu também a glória de Israel restaurado!

Segundo: Ele SOUBE porque vivia pela fé. Quem vive pela fé não está subordinado ao tempo. Deus está fora do tempo. Para ele tudo é presente.  A encarnação do Verbo se deu HOJE. Sua morte e ressurreição estão acontecendo HOJE. Sua vinda gloriosa é HOJE.  Então se vivemos pela fé poderemos exultar HOJE. Como Simeão. Por revelação do Espírito de Deus. 

Logo, não depende do tempo. Nada depende do tempo: "E nos ressuscitou juntamente com ele  e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus” (Ef 2.6).

Jesus prometeu que voltaria. Muitos de nós vive preocupado: será que reconheceremos o verdadeiro Anticristo? Será que saberei me posicionar? Será que vão conseguir me  iludir?    Devemos tão somente fazer como Simeão: manter uma vida de oração. Isso não somente alimentará a nossa fé como também nos capacitará a reconhecer  SEM DIFICULDADE e com muita clareza os tempos, os sinais, os movimentos da história.

Tenho certeza de que Deus não repetiu mil vezes a promessa a Simeão. Ele "se segurou" a vida toda com essa experiência ÚNICA. De quantas confirmações você precisa para se manter fiel? De quantos "toques especiais do Senhor"  você precisa para se manter firme e esperançoso? Quantas vezes o Espírito de Deus deverá repetir a mesma coisa para que você consiga  ver o invisível e exultar?

A história da humanidade é longa. Nós somos breves. Não espere ver tudo acontecer para finalmente crer. Não espere que tudo se cumpra no tempo da sua vida.  Alegre-se HOJE com o que você tem, creia no que já aconteceu e exulte pelo que virá porque o que virá JÁ É.