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quarta-feira, 28 de abril de 2021

Fragilidade

Gênesis 32:31:
"Nasceu-lhe o sol, quando ele atravessava Peniel; e manquejava de uma coxa."

Não bastava Jacó ser um homem tranquilo , pacato, "do lar".  Deus ainda precisou torná-lo mais frágil ainda fazendo-o mancar de uma perna.   Para quê isso?  Para que em  todos os desafios ele dependesse apenas do Deus Eterno e não de si.

Na sua fraqueza ele foi forte. Ele prevaleceu  mesmo ferido.   Na sua fraqueza ele conquistou o que o seu irmão não conquistou com toda sua força e ímpeto.

Nós somos filhos de Jacó. Não temos o vigor ou o ímpeto de Esaú, o vermelho. Mas Deus já determinou as nossas conquistas e assim será. Através de percalços, numa construção ao longo de anos.  Que seja. 

NADA vai alterar o resultado final. Sejamos firmes e constantes!

terça-feira, 13 de abril de 2021

Pães ázimos

 


Sobre os pães sem fermento, gostaria de fazer, não uma interpretação, mas uma aplicação muito particular para o significado de comer pão sem fermento. De comer às pressas, como quem está saindo, "caindo fora".  

Sim, eu sei que na Bíblia o fermento tem a simbologia de pecado. Tem sim. Mas hoje, ouvindo mais uma vez a história da saída dos hebreus do Egito, veio ao meu coração mais uma visão sobre isso.

Quem faz pão, coloca fermento por dois motivos: 1) sabe que a massa vai crescer, tem essa expectativa esperançosa. E é lindo ver a massa grande, fofa, apetitosa. 2) Tem tempo de esperar a massa crescer. Tem tempo de ver a interessante mudança do estado das coisas. Uma transformação tão improvável! A massa duplica, triplica de tamanho e sempre a pessoa se alegra, "comemora" que tudo deu certo, que tanto o trigo quanto o fermento eram bons e o pão vai ficar uma delícia.

Pensando nisso, ao meu coração veio esse entendimento:   

Sair do "Egito" (sair do mundo) é fazer pão ázimo. Você está de partida e não tem sentido gastar fermento com um pão que não terá tempo de crescer antes de você partir. Há promessas maravilhosas de Deus e todas elas irão se cumprir mas você não vai se alimentar do Pão da Vida só quando isso se tornar visível. Se esperar, vai morrer de fome antes.  Colocar fermento na massa é condicionar a situação: "só me alimento desse pão depois de enxergar o resultado do meu trabalho".   Comer pão sem fermento é abrir mão disso. Você não tem tempo de esperar. Não quer esperar. Ademais, com fermento ou sem fermento, fofo ou chocho, o valor nutricional é o mesmo. As promessas de Deus são verdadeiras mesmo que eu não tenha visto ainda o seu cumprimento. Por que esperar? Porque não "interiorizar Jesus" logo, já? Esperar o quê? A vida é breve e eu preciso de Deus agora, não só depois que tudo se cumprir.

O pão ázimo é o pão da fé, o pão do "já", de quem não precisa ver Canaã  conquistada para só então se alegrar em Deus.  A profetisa Ana segurou em seus braços o verdadeiro pão ázimo:


Jesus ainda era um bebê. Não havia nenhuma evidência material e clara de que a promessa se cumprira. Jesus pequenininho, "a massa ainda nem tinha crescido" mas ela o aceitou e glorificou a Deus pelo Messias. Para quê fermento? Quem tem fé não precisa de fermento, não precisa do cumprimento total da profecia para se alegrar no Senhor. 

Talvez sua vida tenha sido um eterno "esperar a massa crescer". Você só conseguirá se alegrar quando vir as conversões, o domínio do evangelho, o diabo visivelmente derrotado, Cristo vindo nas nuvens. Enquanto isso você não come , não se alegra, apenas espera. Uma espera angustiante e cheia de desapontamentos. O que tenho a dizer é que talvez você morra antes de ver essa massa triplicar de tamanho. Você está de passagem. Não vai dar tempo. Coma logo e saia do Egito. Aceite as promessas, as verdades de Deus. Você não precisa do fermento pois sua vida é um sopro! 

Comer pão  ázimo  é se alimentar pela fé de uma massa que não vai crescer na minha geração, então nem vou perder tempo colocando fermento.  É o pão da fé, o pão do estrangeiro em terra estranha, o pão de quem está de partida. 

É também "o pão das aflições". Deus não mandou os hebreus comerem pão ázimo apenas por um dia, mas por sete dias!!!! Isso é bem significativo se levarmos em conta a profecia de Daniel e os sete últimos anos da Igreja na Terra... 

Na galeria dos heróis da fé, da carta aos hebreus, vemos que todas aquelas pessoas tiveram suas vidas sustentadas por "pães sem fermento": morreram sem ver o cumprimento integral da promessa. Mas pela fé aceitaram a promessa como fato e ao aceitarem não morreram de fome. Eles comeram  o pão de quem  não dependia de ver a massa crescer. 

O nome disso é FÉ.  É quando a gente "engole" as promessas de Deus, vive por elas. O justo viverá pela fé. O justo comerá o pão sem fermento e se alegrará com isso.  Os heróis da fé sabiam que eram forasteiros, estavam de passagem. Por que colocar fermento (expectativa) em algo se a vida é tão efêmera e não daria tempo de ver o resultado?  A história é longa, morosa, e o trabalhar de Deus é por demais misterioso. Passamos anos estudando o mover de Deus no passado. Se o passado pode ser difícil de compreender, imagine o futuro!  Eles morreriam de fome se dependessem de comer só depois que a massa triplicasse de tamanho.

Nossa vida é curta. A probabilidade de ver todas as sementes plantadas florescerem é pequena. A probabilidade de ver nessa vida  o Armagedom,  de ver "o conhecimento do Senhor cobrir o mundo como as águas cobrem o mar", de  ver "o boi pastando com o leão e uma criança brincando com uma cascavel"  é pequena.

Jogue fora o fermento. Coma AGORA o Pão vivo que desceu do céu e se alegre AGORA como Ana, como Simeão também, que tomou nos braços apenas "um pouquinho da massa" mas a partir daí já vislumbrou todo o futuro de glória pela fé.  Pelo Espírito, o espírito dele viu o que seus olhos jamais veriam  concretizado. Mas o que importa? 

Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão, que era justo e piedoso, e que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele. Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que ele não morreria antes de ver o Cristo do Senhor. Movido pelo Espírito, ele foi ao templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para lhe fazerem o que requeria o costume da Lei, Simeão o tomou nos braços e louvou a Deus, dizendo: "Ó Soberano, como prometeste, agora podes despedir em paz o teu servo.  Pois os meus olhos já viram a tua  salvação,  que preparaste à vista de todos os povos:  luz para revelação aos gentios e para a glória de Israel, teu povo".  Lucas 2: 25-32