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quinta-feira, 11 de maio de 2023

João 3:7

Hoje ouvi um pregador que falava, entre outras coisas, sobre a necessidade de  "pararmos de olhar para o retrovisor da vida com o espelho grande".  Ele dizia que precisávamos parar de viver eternamente lamentando o passado e  limitando as próprias esperanças pela medida do que já passou. 

Enquanto ele falava me ocorreu que a frase "importa-vos nascer de novo" pode ganhar aqui uma nova aplicação. Não uma nova interpretação, pois já é suficiente a que claramente se revela por si mesma, que fala da conversão. Mas  me veio à mente que "nascer de novo" poderia também ser aplicado à necessidade de "zerarmos a vida", aceitar que tal coisa passou e não permitir que nenhuma dor seja eterna.     Deixar tudo para trás é uma decisão forte, relevante. 

Não são só os nossos pecados que nos paralisam e nos tiram a coragem de andar de cabeça erguida. Há também decepções, lembranças dolorosas e paralisantes.   

Toda impressão de que "não vou conseguir" ou "não vai dar certo"  vem de alguma experiência negativa do passado.  

Claro que esse é um exercício emocional. Ninguém apaga o passado, até porque somos fruto de tudo o que nos aconteceu. Se pudéssemos REALMENTE  apagar o passado, nem sei no que nos transformaríamos. Mas mesmo assim esse exercício de "recomeçar o jogo do zero" é necessário e se assemelha mesmo a um renascer.

Costumamos aplicar esse versículo aos não convertidos até porque o Senhor já disse que "dos teus pecados não me lembrarei mais".  Mas o que eu digo agora diz respeito não a Deus, que já nos abençoou, mas diz respeito apenas a nós mesmos, a uma cura emocional necessária para seguirmos adiante.

Nascer de novo, nesse sentido, é "atrofiar o passado" e  "tirar o seu ferrão".  Jesus já fez isso na cruz. A questão espiritual já foi resolvida por ele. Agora cabe a nós trabalharmos isso no terreno emocional.