Pesquisar neste blog

.

.

terça-feira, 29 de março de 2022

SALMO 105 - reflexões

( Leia o Salmo 105 clicando AQUI)




Verso 5:  Os feitos do Senhor devem ser relembrados e mencionados.  Não por uma espécie de "vaidade de Deus". Achar isso seria uma grande tolice da nossa parte. Precisamos lembrar os feitos de Deus para termos ESPERANÇA, para nos animarmos, para não deixar de acreditar que MILAGRES SÃO POSSÍVEIS.  A esperança traz paz. Quem tem fé, tem paz e quem tem paz tem saúde.  Quando lembramos dos feitos do Senhor podemos descansar sabendo que nem tudo está perdido. 

Verso 7: Outra coisa que precisamos ter sempre na mente, na boca e no coração: os justos juízos de Deus  (ou "os decretos de Deus, em outra tradução) estão por toda a Terra. Embora Deus já tenha determinado que um dia haverá um Juízo Final, desde já é possível contar com "juízos parciais", que estão em execução no mundo. Acontece que nem tudo a gente vê. Não temos como conhecer o inferno particular de cada um. Uma pessoa má, que sabe fingir bem, pode conseguir parecer feliz em sociedade. Não nos deixemos enganar. Não conhecemos os medos, as angústias, os remorsos, as insônias nem o fim que de cada um terá. Melhor confiar  na justiça de Deus e saber que ela está sendo executada ainda que não percebamos.  

Verso 17: Aqui vemos a história de José do Egito ser lembrada.  Geralmente nos esquecemos que, de certa forma, ele foi um mártir (não no sentido de morrer, mas de sofrer) para salvar o seu povo. O mais difícil disso tudo é que ele não tinha noção do que Deus estava preparando. Ele não tinha como saber o propósito daquilo tudo. É nessa hora que entra a fé.  A fé no amor, na justiça e na providência divina.    José não tinha a menor ideia de que seu sofrimento traria bênçãos. No momento tudo parecia extremamente injusto e sem sentido, mas ele se manteve fiel. Não temos que ser fiéis apenas quando recebemos explicações. Os caminhos de  Deus são sobremodo elevados. "O justo viverá pela fé". Não viverá por explicações. Não viverá pelo que o seu olho pode ver. Será que Deus pode contar conosco para abençoar nossa família? Nosso país? Será que eu tenho coragem de me oferecer ao Senhor para ele me usar como quiser? Mesmo que seja como José? Você aceita ser um José nas mãos de Deus?

Verso 24: Um povo que não reproduz, que se volta apenas para si mesmo e para o seu próprio egoísmo, esse povo tende a ser dominado por outros povos ousados e numerosos. Quem não se reproduz, desaparece.  Feliz a nação que ama as suas crianças. A Palavra de Deus diz que aquele homem que tem muitos filhos não será dominado por seus inimigos.  Será que isso só era verdade nos tempos das tribos e dos clãs? Ou será que esse princípio ainda é válido para hoje? A Europa está sendo inundada de imigrantes com famílias numerosas, que trazem outros costumes, outra cultura. Com o tempo essa outra cultura será IMPOSTA, quer os europeus queiram ou não. Basta que eles continuem a procriar no ritmo de hoje.  Em mais uns vinte anos a cultura ocidental será engolida e substituída por uma outra cultura  que não vê as crianças como um estorvo, mas como a força de um povo. Os Europeus,  tenho 1 ou nenhum filho, precisarão baixar a cabeça para as vontades de um povo que, sendo maior em número, brevemente estará elegendo seus próprios líderes. A sabedoria da Palavra de Deus é maravilhosa. Feliz aquele que leva a sério o que está escrito.

Verso 27:  Vemos aqui que os milagres "foram sinal para os egípcios".  Não serviram apenas para animar os hebreus mas para mostrar aos egípcios quem era o Deus verdadeiro. Sim, era é uma prova do amor de Deus, que se manifesta de forma as vezes incompreensível para nós.  Ele é Deus, não pensa como um humano.  Deus não "respeitou a religião daquele povo". Pelo contrário: ridicularizou os seus deuses. Por quê? Para salvar aquelas pessoas que se convertessem. Para lhes dar uma oportunidade de arrependimento. Ao lembrarmos das pragas do Egito podemos refletir que algumas coisas que parecem muito más, são na verdade boas e vem para o bem. Deus quer salvar, quer se revelar aos humanos, quer libertá-las da escravidão, do medo de servir a entidades demoníacas. Deus é luz, é paz, e se para achá-lo for necessário que os nossos caminhos miseráveis sejam destruídos, que assim seja!

Verso 42: Lembremos que Deus abençoou por milênios a descendência de Abraão. Fez isso por amor a ele, por fidelidade às promessas que lhe havia feito.   Por meio de Abraão milhares de pessoas  foram protegidas, preservadas, abençoadas. Muitas vezes Deus deixou de destruir os judeus por causa da fidelidade às promessas feitas a Abraão, Isaque e Jacó, e também a Davi. Não seria maravilhoso se nossa descendência fosse igualmente preservada, protegida e abençoada por Deus por causa das nossas muitas orações e fidelidade?    Essa é a melhor herança que podemos deixar para nossos filhos e netos.

Verso 44: A riqueza não é fiel a ninguém. Ela muda de mãos constantemente. Em provérbios 13:22 está dito que Deus tira do ímpio para dar ao justo. TODAS as coisas pertencem a Deus e ele dá a quem quer.  Quando você ver uma pessoa ímpia, má, ajuntando riquezas, saiba que ele está trabalhando duro para deixar tudo para aquele que Deus determinar. 






terça-feira, 8 de março de 2022

Reflexões em JUÍZES 7

Juízes 7:1 -  Aqui Deus diz que tem gente demais com Gideão.   Acho que a batalha poderia ser bem mais fácil se Gideão partisse com todos os seus homens. Mas se o povo entendesse que a vitória fora alcançada por sua própria força, isso enfraqueceria seu sentimento de dependência de Deus. "Mas qual o problema? Deus é vaidoso por acaso?"  Não. Acontece que muitas outras lutas viriam mais tarde e se a noção de milagre se esvaísse das mentes e dos corações, isso representaria o fim de Israel em um futuro próximo. O sentimento de "deixa que eu resolvo" tem derrotado muita gente. Às vezes Deus dificulta a luta para a gente entender o tamanho do milagre que virá. E também para a gente lembrar que mesmo nas piores situações podemos sempre contar com um milagre. É aquela "carta na manga" que muda tudo!

7: 2-3  -  Deus permitiu que cada guerreiro fizesse uma auto análise muito sincera antes de partir para o confronto: "Quem for tímido e covarde pode voltar para casa. Na boa. Sem ressentimentos, sem pressão."  Vinte e dois mil homens voltaram pra casa.  Sobraram só dez mil.  

O que acho muito interessante aqui é que não houve reprimenda, sermão nem humilhação direcionadas àqueles que foram sinceros e reconheciam sua limitação. Todos eram homens valentes e aptos a lutar. Não estavam sendo desprezados, mas reservados para outro momento importante.  Na parte final do confronto eles foram chamados a lutar e se saíram muito bem! 

Há tempo para tudo e para todo propósito debaixo do sol.  Deus trabalha com várias "ferramentas". Por exemplo:  não é porque nesse momento ele precisa serrar, que vai jogar fora o martelo!   No momento certo aqueles homens foram chamados a batalhar e cumpriram muito bem a missão (7:23-25). 

Às vezes a gente sonha com uma obra sem entender que não somos talhados para ela ou que aquele não é o nosso momento. Isso não é problema. Foi Deus quem nos criou com todas as nossas aptidões e limitações.  O importante é dizer "eis-me aqui" na hora em que formos chamados.

Lendo mais adiante penso que percebi outro motivo para Deus te agido assim, mandando tanta gente embora em um momento crucial: é que Gideão foi chamado para comandar o povo mas ele mesmo estava com medo  (7:10. Leia 6:11-24 também).  Ora, se naquele estado ele ainda fosse guerrear com pessoas temerosas e hesitantes, ele mesmo iria fraquejar! Porque assim como a coragem contagia, o medo também contagia.  

Há momentos na vida em que o líder está mais precisando ser contagiado pela coragem dos liderados do que o contrário. Não pense você que é sempre obrigação dele,  sozinho, animar todo mundo com suas virtudes e unção.  Nossos "Gideões" também são humanos, são homens que às vezes gemem e dizem "ai de mim, Senhor!"   Em alguns momentos da vida talvez o seu pastor vá precisar ser "empurrado" pela fé da igreja, pela animação, pelo espírito de louvor e espiritualidade da congregação. Já pensou nisso?

É como na parábola das dez virgens: as virgens prudentes só tinham óleo para elas mesmas. Naquele episódio elas não tinham condição de acender outras lâmpadas. A pouca coragem de Gideão naquele momento só dava para ele mesmo e olha lá!

Pensando ainda sobre isso eu me perguntei: mas se Gideão estava com medo, porque não foi dispensado também junto com aqueles vinte mil que voltaram pra casa? 

Primeiro:  porque a coragem a mais que Gideão precisava já estava sendo providenciada por Deus: 1)  através da convivência com aqueles corajosos que permaneceram com ele; 2)  através da experiência que  Gideão teria. Ele foi inflamado ao ouvir a conversa daqueles dois homens no arraial dos midianitas (versos 13 a 15).  Deus sabia que isso seria o suficiente para "levantar" Gideão.  E foi mesmo! Ao sair de lá ele ficou tão empolgado que exclamou para os homens de Israel: "Bora! Levantem porque Deus entregou o arraial dos midianitas nas mãos de vocês!"  (7:15).

Sim, Deus pode mudar o seu estado de ânimo. Ele tem a tática que nenhum psicólogo conhece. Foi ele quem teceu você no útero da sua mãe. 

Em segundo lugar é bom saber que coragem não era a virtude mais importante naquela batalha.  Havia dez mil homens corajosos para lutar mas só havia um capaz de ouvir a voz de Deus e obedecer  as suas mais "estranhas" orientações. Era isso, e não outra qualidade qualquer, que fazia de Gideão  um homem especial.

O que você acha que te torna apto a liderar uma congregação?  A liderar uma igreja? O que você acha que te torna apto a liderar uma família? O que te torna apto a liderar uma batalha qualquer?  A sua força? A sua mira? Sua coragem? Seu preparo físico? Seu estudo?  Nada disso. A aptidão vem da sua capacidade de estar sintonizado com Deus e obedecer o que ele disser.  Dessa forma até numa cadeira de rodas você pode liderar um exército. 

Quantas vezes procuramos em nós mesmos uma lista de virtudes que atestem nossa capacidade de sermos instrumentos de Deus!  E quantas vezes desanimamos porque esquecemos o mais importante.

E tem mais:  Deus conhece as nossas limitações e necessidades. Ele sabe que tipo de pessoas precisamos ter por perto em momentos específicos da vida. E se ele mandar você se afastar de alguns, é melhor obedecer.  É mais garantido ficar só com 300. Ou 30. Ou 3.

7: 4 a 7 - Depois do "teste da água" Deus manda novamente Gideão dispensar a maior parte daqueles 10.000 soldados e ficar só com 300 homens. 

Esses 300 eram de fato corajosos! Veja:

- Precisa ter muita coragem para permanecer numa batalha mesmo depois de 30.000 homens irem embora. Encarar o desafio só com 300 companheiros não é pra qualquer um não. 

- Precisa ter muita coragem para entrar numa batalha depois que seu comandante ordena que você vá sem usar armas.   Veja que o guerreiros foram orientados a partir para o confronto segurando apenas suas tochas (acesas e cobertas por cântaros) e uma trombeta (versos 19 e 20).  Se estavam com a espada na bainha, não iam conseguir usá-la.  O plano era cercar o arraial do inimigo ainda no escuro. No momento certo quebrariam os potes de barro. Isso faria um grande barulho. Nesse momento  tudo ao redor ficaria iluminado, impedindo assim que os inimigos tivessem condição de calcular  por quantos homens estavam sendo atacados. E pra completar  todos gritariam juntos "ESPADA PELO SENHOR E POR GIDEÃO!" Uhuuuu!  

O susto deve ter sido muito grande! Os midianitas se atrapalharam, desesperaram, fugiram desastradamente atropelando-se  e  ferindo-se uns aos outros e por fim perderam a batalha. Mesmo sendo  maioria!

Deus sempre tem uma tática muito especial para beneficiar aqueles que são mais fracos mas que confiam nele. 

 "Uns confiam em carros, outros em cavalos mas nós faremos menção do nome do Senhor nosso Deus. Eles tropeçam e caem mas nós nos levantamos e permanecemos de pé."


sábado, 5 de março de 2022

"Certamente morrerás"

Há alguns detalhes bem curiosos nesse episódio registrado em II Reis 20:

"Naquele tempo Ezequias ficou doente e quase morreu. O profeta Isaías, filho de Amoz, foi visitá-lo e lhe disse: "Assim diz o Senhor: 'Ponha em ordem a sua casa, pois você vai morrer; não se recuperará".

Hoje, lendo esse capítulo, me passou pela cabeça: qual seria a minha, a sua atitude, se recebêssemos uma notícia dessa?  Penso que uma das formas de conhecer bem uma pessoa é observar sua atitude em relação à morte.

1 - Existem as pessoas que, diante da proximidade da morte, só pensam em "aproveitar a vida ao máximo". E dentro dessa ideia de  "aproveitar" encontra-se todo tipo de dissolução, como se no vício, no entorpecimento e na promiscuidade residisse o melhor da vida. Essas pessoas só percebem o mundo material e animalesco. Não têm uma visão mais profunda ou espiritualizada da vida.  Em algum momento da jornada essas pessoas foram-se apequenando...

Uma certa figura muito conhecida no Brasil certa vez respondeu da seguinte forma a um repórter que lhe fez essa pergunta. Disse que "se eu soubesse que iria morrer semana que vem eu iria fumar muita maconha, fazer festa e me envolver sexualmente com  quantos rapazes bonitos eu conseguisse."  

2 - Penso que há também aqueles que tem um espírito muito prático. Ao se confrontarem com a morte resolvem colocar a vida em ordem: dividem bens, pagam dívidas, manifestam perdão aos ofensores, confessam seus erros e pedem  perdão, tentar corrigir o que for possível, distribuem orientações, dádivas e toma providências para não deixar a família em dificuldade depois da sua partida.  É uma bênção quem tem oportunidade de fazer isso antes de "ir embora".  

Acho que Deus foi extremamente bondoso com Ezequias ao lhe dar oportunidade de colocar a casa em ordem antes de morrer. Há coisas que adiamos demais, sempre presumindo que iremos viver muito. Sim, há muito o que fazer antes de partir. 

3-  Considero a reação do rei Ezequias  muito surpreendente. Ele poderia ficar melancólico por um tempo mas logo em seguida começar a se preparar para o "evento" organizando tudo, deixando orientações, preparando o sucessor etc. Mais ou menos como Davi fez.  Mas ele agiu diferente: ele simplesmente se desesperou.  

Ezequias olhou para si mesmo e percebeu que não tinha condições emocionais de tomar providência alguma.  Simplesmente ele não estava preparado para a morte.  Tinha medo e deixou isso bem claro. Não parece que se sentiu culpado pela "falta de fé".  Não se sentiu  culpado por se mostrar fraco e não dar um exemplo de bravura para os seus súditos.  Não, ele não tentou ser forte e corajoso. Ele optou por ser o que era.  Apenas correu para a presença de Deus e "desabou em oração".  Às vezes isso é o melhor a ser feito.   

Mesmo sem saber, através de Isaías o Senhor estava lhe dando duas opções: preparar-se para morrer em paz deixando todo mundo bem, ou lutar com Deus e pedir mais vida e descobrir que Deus pode ser flexível sim. 

É tão maravilhoso saber disso!  

A palavra de Deus se cumpre, mas não precisa ser necessariamente hoje. Uma profecia pode se cumprir amanhã ou daqui a 50 anos.   Há coisas que podem ser mudadas através da súplica.  "- Uau! Então me diga que coisas são essas!"  Não sei. Vá a Deus. Clame, ore e simplesmente descubra. Nenhum de nós tem uma cartilha que preveja 100% todos os atos de Deus.

Ezequias orou e "chorou muitíssimo". Acho comovente essa afirmativa.  Mesmo sendo rei ele admitiu  todo o seu medo, toda a sua fraqueza. Ele não ficou teorizando sobre a inexorabilidade da profecia.   Ele não quis saber que "ah, todo mundo morre um dia, então pedir mais vida poderia seria uma tolice".

"Deus não vai me ouvir. Esse pedido é biblicamente errado!"    Claro que devemos orar dentro dos parâmetros ensinados pela Palavra.  Claro!  Mas será que sabemos tanto assim sobre o certo e o errado?  A Bíblia diz que ninguém sabe orar como convém e tanto é assim que o Espírito Santo intercede por nós.  Ou seja: aqui e acolá a nossa emoção tenderá a ser mais forte do que a razão. Mas que isso não nos impeça de ir à presença de Deus. Se estivermos errados, ele nos corrige amorosamente e no fim sairemos de lá com uma bênção. Mas pode ser que Deus nos atenda sim, muito além daquilo que imaginamos. Por que não "arriscar"? Melhor "orar errado" do que não orar.   Aliás alguém já disse certa vez que "não existe oração errada". Errado é não orar.

"Talvez ele volte atrás, arrependa-se, e ao passar deixe uma bênção..."  Joel 2:14

Será mesmo que sabemos tanto assim sobre Deus, sobre seus desígnios, sobre a Bíblia e sobre o mundo espiritual?  Somos tão "teólogos" a ponto de até saber de antemão o que Deus vai responder ou fazer?

O nosso  grande erro é presumir que sabemos muito de Deus. 

Estou certa de que muitas vezes o que nos impede de alcançar grandes bênçãos é justamente essa nossa mania de "teologizar" demais.   Achamos que sabemos, que já temos a resposta, que conhecemos Deus o suficiente para saber o que ele fará ou não.  Como somos tolos quando agimos assim! E geralmente agimos assim. Eu mesma sou "terrivelmente assim".   

Ezequias não quis saber de nada disso. Não quis saber de razões ou teorias.  Não presumiu que não adiantava pedir, que sua pretensão era tola, que sua hora havia chegado.   Não teve em mente naquela hora que "quando Deus fala, tá falado e pronto".   Ele só fez uma coisa: DESABOU.  E essa foi a sua salvação.   Ele estava com medo, chorou como um bebê, esperneou na presença do Pai e - incrivelmente! -  foi ouvido.    

Jó esperneou. Jacó esperneou. Ló esperneou. Moisés esperneou. Abraão esperneou. Por que não eu?

Acho lindo constatar que Deus pode sim "voltar atrás" por misericórdia.  É claro que algumas coisas são imutáveis e terão que acontecer. Obvio.  Mas cada dia mais me convenço de que não há dia e hora pré-determinado. Tudo pode ser "negociado", adiantado ou adiado por amor, dependendo do clamor da igreja.  Estava determinado que Ezequias morreria um dia, como todos nós, mas "o dia e a hora" poderiam ser alterados! 

Estava determinado que Deus faria de Abraão uma grande nação. Mas quando os hebreus estavam no deserto irritando o Senhor, ele disse a Moisés que destruiria aquele povo e faria de Moisés uma grande nação conforme prometera (até porque Moisés era descendente de Abraão).   Se Moisés não tivesse intercedido pelo povo, esse imutável plano de Deus atrasaria mais uns 300 anos talvez! Já pensou nisso?  

Da mesma forma estava determinado que a conquista da terra prometida aconteceria, mas observe que por causa da incredulidade do povo isso atrasou quarenta anos! 

O que isso quer dizer? Isso quer dizer que somos responsáveis por nossa geração. Enquanto houver quem ore, quem clame, quem interceda, o juízo de Deus pode sim ser adiado ...  ou apressado. 

"O que ligardes a terra terá sido ligado no céu e o que desligardes na terra terá sido desligado no céu."  

Grande é a nossa responsabilidade. E grandes são as possibilidades colocadas à nossa frente! Grande é a nossa esperança em vista disso!

Pois bem:  devemos ser mais espontâneos diante de Deus e não deixar que nossas "verdades prontas" nos impeçam de dizer a ele o que nos aflige nem nos impeçam de pedir o que desejamos.  Ele pode nos surpreender. Por que não "se jogar em oração"?

Não tenha medo de chorar e clamar. Não tenha medo de dizer "eu não estou pronto". O Senhor sempre tem um remédio, uma palavra que muda tudo.  

Às vezes temos que parar e ser teólogos para sermos apenas crianças.