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quarta-feira, 8 de abril de 2015

Tributos

“O que somos nós, para que nos dês tanta importância e te preocupes com a gente? Por que nos vigias todos os dias e a todo instante nos fazes passar por provas? Quando deixarás de olhar para mim, a fim de que eu tenha um momento de sossego? Se pequei, que mal fiz a ti, ó vigia das pessoas? Por que fizeste de mim o alvo das tuas flechas? Por acaso, sou uma carga tão pesada assim?"   Jó 7:17-20

Muitos optam pelo ateísmo porque tem uma visão de Deus assim, distorcida, como Jó tinha. Ele era um homem correto e fiel, mas não tinha uma experiência com Deus. Jamais ouvira a sua voz e desconhecia seu amor. A consciência da santidade e da justiça de Deus era o que o impelia a prestar orações e oferendas. Era algo distante, frio como o cumprimento de uma lei, como o pagamento de um tributo. 

Só depois de todo o sofrimento é que ele pôde conhecer Deus. Talvez porque só no sofrimento ele tenha realmente BUSCADO a Deus. Antes toda a sua "devoção" não passava de um tributo silencioso e distante de quem esperava que a divindade não o atingisse com seus caprichos. Era um "vamos, lá, se colar colou. Tomara que Deus não encontre algum motivo para me castigar. Tomara que essas ofertas o acalmem!

Deus não poderia deixar um homem tão correto partir dessa vida sem conhece-lo. Enquanto os serviços religiosos de Jó não passavam de prestações temerosas, distantes e impessoais, não havia chance de ele se encontrar com Deus. Quando suas orações passaram a significar busca, inquietação, questionamento e ânsia, aí sim Deus se apresentou a ele.
A história de Jó é a história de todos aqueles que um dia se encontraram com Deus: andavam às cegas, tateando, tentando encontrar Deus. Aí um dia...Não acharam; foram achados por  Ele.

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