“Quando o fariseu viu isso, pensou assim: “Se este homem fosse, de fato,
um profeta, saberia quem é esta mulher que está tocando nele e a vida de pecado
que ela leva.” Jesus então disse ao
fariseu: — Simão, tenho uma coisa para lhe dizer...” Lucas 7:39
Aparentemente
Simão era um homem cuidadoso e sincero. Preferia analisar as coisas a se
precipitar. Dentro dele havia uma inclinação e um medo; uma dúvida e um desejo.
Convidou Jesus para uma refeição – não para
tenta-lo! Mas para entende-lo, conhece-lo melhor. Queria, sinceramente, saber
se Jesus era mesmo o enviado de Deus ou não. Só que para chegar a uma conclusão utilizou um parâmetro completamente equivocado. Pobre Simão...
Parece-me que havia uma certa tristeza na frase de Simão. Ele tinha se animado com a ideia de que Jesus poderia ser, afinal de contas, o Messias. De repente, a decepção: “Poxa, se ele fosse profeta saberia quem é essa mulher. Se ele não a rejeita é porque não sabe quem ela é e se não sabe, então não é profeta coisa nenhuma. Eu me enganei.”
Parece-me que havia uma certa tristeza na frase de Simão. Ele tinha se animado com a ideia de que Jesus poderia ser, afinal de contas, o Messias. De repente, a decepção: “Poxa, se ele fosse profeta saberia quem é essa mulher. Se ele não a rejeita é porque não sabe quem ela é e se não sabe, então não é profeta coisa nenhuma. Eu me enganei.”
Fico encantada
com a sensibilidade atenciosa de Jesus. Um desapontamento desse em alguém
sinceramente inclinado para o Bem não poderia ficar sem cuidado! Jesus é tão maravilhoso, mas tão maravilhoso,
que não pôde deixar uma pessoa sincera - embora equivocada - sem resposta. Ele então
dirigiu-se especialmente e atenciosamente a Simão e lhe explicou algo importantíssimo:
“Simão,
tenho uma coisa para lhe dizer:
— Fale,
Mestre! — respondeu Simão.
Jesus
disse:
— Dois
homens tinham uma dívida com um homem que costumava emprestar dinheiro. Um
deles devia quinhentas moedas de prata, e o outro, cinquenta, 42mas nenhum
dos dois podia pagar ao homem que havia emprestado. Então ele perdoou a dívida
de cada um. Qual deles vai estimá-lo mais?
— Eu
acho que é aquele que foi mais perdoado! — respondeu Simão.
— Você
está certo! — disse Jesus.
Então
virou-se para a mulher e disse a Simão:
— Você
está vendo esta mulher? Quando entrei, você não me ofereceu água para lavar os
pés, porém ela os lavou com as suas lágrimas e os enxugou com os seus cabelos. Você
não me beijou quando cheguei; ela, porém, não para de beijar os meus pés desde
que entrei. Você não pôs azeite perfumado na minha cabeça, porém ela derramou
perfume nos meus pés. Eu afirmo a você, então, que o grande amor que ela
mostrou prova que os seus muitos pecados já foram perdoados. Mas onde pouco é
perdoado, pouco amor é mostrado.”
Agora sim Simão pôde entender o que estava acontecendo!
Que maravilha! Quando Jesus encontra
uma pessoa que realmente quer conhece-lo, que tem questionamentos não maliciosos mas sinceros, ele pára tudo para dar-lhe atenção.
“Quem em ti confia não ficará confundido”.
“Quem em ti confia não ficará confundido”.
Mas mais
adiante, na mesma ocasião, vemos outras pessoas também com uma interrogação na cabeça:
“— Que homem é esse que até perdoa pecados?
Mas Jesus disse à mulher:
— A sua fé salvou você. Vá em paz.”
Interessante: a estes
Jesus ignorou. Eles foram embora com a mesma pergunta.
Talvez tenham morrido sem uma resposta. Jesus não se dignou a lhes dar a mesma
atenção que deu a Simão. Por quê? Certamente porque viu que não havia em seus
corações um desejo sincero de entender os caminhos de Deus. Não havia devoção ou simplicidade. Queriam apenas criticar e apontar defeitos, então foram deixados de lado. É como disse o poeta Chico Buarque:
"A vida passou na janela e só Carolina não viu..."
A Vida passou por eles mas eles nem perceberam!
"A vida passou na janela e só Carolina não viu..."
A Vida passou por eles mas eles nem perceberam!
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