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quinta-feira, 16 de outubro de 2014
Reorganização
Imagine um prédio muito, muito grande, lago e alto. Quem está perto não tem condições de imaginar como ele é mesmo. Não é possível ter uma ideia completa da sua arquitetura. Para visualizá-lo e entendê-lo, a pessoa vai precisar se afastar bastante para enxergar o todo. De perto é impossível. De perto talvez o prédio pareça estranho, disforme, prestes a cair.
Assim são os caminhos de Deus. Para entender precisamos de um certo afastamento. Mas o afastamento de que precisamos para entender tudo se chama TEMPO. Talvez séculos ou milênios. Só que não temos esse tempo todo. Tudo o que vemos de perto é uma parede sem fim.
Em determinado momento da vida um acontecimento pode nos parecer tão estranho! Há coisas tão tortas que resultam em bênçãos! Há coisas tão bonitas que só trazem tristezas! Não dá pra entender. Já passei mil vezes por isso. Tento interpretar o certo e o errado, em minha vida e na vida dos outros, mas geralmente erro feio e acabo confusa.
Ou cremos ou não cremos que Deus dirige nossas vidas. Sem fé é impossível digerirmos certos fatos.
Vindo, pois, Roboão a Jerusalém, reuniu, da casa de Judá e Benjamim, cento e oitenta mil escolhidos, destros na guerra, para pelejarem contra Israel, e para restituírem o reino a Roboão. Porém a palavra do Senhor veio a Semaías, homem de Deus, dizendo:
Fala a Roboão, filho de Salomão, rei de Judá, e a todo o Israel, em Judá e Benjamim, dizendo: Assim diz o Senhor: Não subireis, nem pelejareis contra os vossos irmãos; volte cada um à sua casa; porque de mim proveio isto. E ouviram as palavras do Senhor, e desistiram de ir contra Jeroboão. E Roboão habitou em Jerusalém; e para defesa, edificou cidades em Judá. Edificou, pois, a Belém, a Etã, e a Tecoa,E a Bete-Zur, a Socó, a Adulão, e a Gate, a Maressa, a Zife, a Adoraim, a Laquis, e a Azeca, a Zorá, a Aijalom, e a Hebrom, que estavam em Judá e em Benjamim; cidades fortes. E fortificou estas fortalezas e pôs nelas capitàes, e armazéns de víveres, de azeite, e de vinho. E pôs em cada cidade paveses e lanças; fortificou-as grandemente; e Judá e Benjamim pertenceram-lhe. Também os sacerdotes e os levitas, que havia em todo o Israel, se reuniram a ele de todos os seus termos. Porque os levitas deixaram os seus arrabaldes, e a sua possessão, e vieram a Judá e a Jerusalém, porque Jeroboão e seus filhos os lançaram fora para que não ministrassem ao Senhor. E ele constituiu para si sacerdotes, para os altos, para os demônios, e para os bezerros, que fizera. Depois desses também, de todas as tribos de Israel, os que deram o seu coração a buscarem ao Senhor Deus de Israel, vieram a Jerusalém, para oferecerem sacrifícios ao Senhor Deus de seus pais. Assim fortaleceram o reino de Judá e corroboraram a Roboão, filho de Salomão, por três anos; porque três anos andaram no caminho de Davi e Salomão... 2 Crônicas 11:1-22
No caso mencionado em II Crônicas 11, a divisão entre Israel e Judá, que foi desencadeada por uma grande tolice de Roboão, trouxe depois a Judá um novo tempo, um tempo de reorganização, reflexão e fortificação.
Não prego divisão. Mas afirmo que não temos capacidade para interpretar corretamente, na vida, o que é acontecimento bom ou acontecimento mal. Porque até o pecado, sendo um lixo, pode ser "reciclado". Não está escrito que Deus transforma a maldição em bênção? Aliás, sempre digo que na vida do servo do Senhor não existe nada que possa ser rotulado como "uma completa desgraça".
Precisamos acreditar que "todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que foram chamados segundo o seu propósito". Se não acreditarmos com sinceridade vamos continuar errando ao rotular todas as coisas com nossas etiquetinhas carnais.
NÃO FOMOS CHAMADOS PARA ENTENDER DEUS, MAS PARA CRERMOS NELE. Não fomos chamados para interpretar a vida, mas para vivê-la em fé.
A separação entre Israel e Judá tornou Judá mais forte - por incrível que pareça. Judá era a menor parte do povo. A maioria foi embora. Como explicar que o episódio tenha servido para tornar mais forte o Reino de Judá e por fim firmar o poder de Roboão, filho de Salomão, como rei durante os três anos em que ele seguiu o exemplo de Davi e de Salomão?
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