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quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Os filhos de Belial





Essa citação bíblica já me passou despercebida muitas e muitas vezes mas agora vejo que há nela um ensino muito profundo e verdadeiro que eu ainda não havia notado.  Uma lição de vida.

A Palavra de Deus nos  diz que um dia Deus  julgará o mundo com justiça e os povos com equidade. Há várias passagens que falam sobre o julgamento final, quando o Senhor irá separar os bodes das ovelhas. Jesus também nos  advertiu de  que não deveríamos nos apressar em fazer essa separação agora, pois o trigo é muito parecido com o joio e poderíamos acabar cometendo erros graves. Por isso ele disse que no últimos dia seus santos anjos fariam essa separação. Não somos anjos, somos seres humanos com a visão muito imitada.

Mas nesse texto de II Samuel vemos outro motivo pelo qual não devemos fazer questão de fazer logo alguma coisa com nossas próprias mãos. O motivo é que os seguidores do mal são como espinhos. É impossível feri-los sem nos ferirmos também.  Eles são como espinheiros, não podem ser tocados com as mãos.

O mandamento de não tocá-los não visa proteger a eles, mas a nós! Meu Deus, como eu entendia isso errado!     Deus não quer que nos firamos desnecessariamente.  No tempo certo ele arrancará esses espinheiros  de sua plantação. Só ele pode fazer isso sem se prejudicar. Nesse momento me passa pela cabeça rapidamente quantas lutas inglórias já presenciei na qual uma pessoa coberta de razão acaba sendo  massacrada ao tentar esclarecer uma intriga ou impedir a ação de um mau caráter.

Vejo o quão verdadeira é essa orientação quando olhamos o quanto sofrem aqueles que desejam impor a  justiça e arrancar os maus do seio da sociedade.

A ideia do texto não é anular leis penais. A Bíblia não é direcionada a organizações  mas a PESSOAS.  Ela nos adverte: "Cuidado! Eles são espinheiros! Você vai se machucar. Não dá pra esperar o meu agir?"

Não sugiro que sejamos omissos diante de uma injustiça  ou diante do sofrimento alheio. Mas vejo que precisamos de sabedoria para distinguir uma luta necessária de uma luta desnecessária que só vai nos ferir.












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